quarta-feira, 22 de julho de 2009

Verde que te quero ver-te


Desde muito pequena recordo-me de minha mãe defendendo o meio ambiente...
achavam-na doida, hippie, utópica e por assim vai
mas eu não, sempre a admirei, percussora de uma nobre e urgente causa: cuidar do nosso planeta!

E lá íamos nós para parques florestais, chapadas, áreas de proteção ambiental, cachoeiras, praias desertas, cavernas...

Há tempos reciclagem faz parte do cotidiano, pauta fundamental da educação familiar, além da alimentação claro...e dá-lhe orgânicos!!!

E graças à sua incansável e digna luta, herdei essa causa, sou muitíssimo agradecida por isso. Pretendo repassar essas sabedorias verdes ao meu filho querido, Antoninho...que já desfruta de maravilhosas papas e sopas orgânicas. Farei de tudo para que ele seja o tanto quanto possa um menino sustentável!

E agora que a sustentabilidade está na agenda política e diplomática (vejam só!), ainda que muito discursiva e pouco posta em prática, penso: por que não pensamos nisso antes? Esperamos chegar ao fundo do poço para notarmos a importância da questão ambiental!

Acabo de ler um ótimo artigo do diretor da revista envolverde, Dal Marcondes, que escreve com muita propriedade sobre o assunto, em que salienta:

"Aqueles que compreendem esta urgência devem superar o sentimento de frustração que está se sobrepondo à necessidade de continuar falando, escrevendo, ensinando e pregando. Mas, principalmente, é preciso compreender que a grande maioria das pessoas ainda não está convencida, por muitos motivos, de que precisam mudar"

Sim, sim, devemos superar a frustação, seguir lutando para convencer!

Tô contigo e não abro, mami querida! Desde sempre ecologicamente correta...

Artigo na íntegra:
http://envolverde.ig.com.br/materia.php?cod=60807&edt=

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Velha e boa TV Cultura



Ontem, procurando algo bom para assistir na TV, deparei-me com o programa Ecoprático da TV Cultura. Como há tempos sou antenada com a questão da preservação ambiental, logo me interessei. E gostei muito.

É a velha e boa TV Cultura com seus programas educativos, sérios e bem feitos.

Vale a pena! Passa aos domingos (21h) e às quartas (19h30).

Segundo descrição do blog do programa: "Ecoprático é um programa sobre sustentabilidade prática, coisas que você pode fazer no dia-a-dia para cuidar melhor de seu planeta. Ecoprático apresenta, com bom humor e leveza, alternativas sustentáveis para problemas corriqueiros, e dá dicas de como economizar o planeta e o seu bolso..."

Bem pertinente, afinal, há práticas do dia-a-dia que podem amenizar e MUITO o impacto ambiental. Fundamental é adotar a regra dos 3Rs: Reutilização, Redução e Reciclagem.

Já cansei de dizer, o planeta pede socorro, então, faça sua parte!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

"[...] lá no íntimo profundo, que é onde se digladiam as contradições do ser humano..."

A complexidade do existir por Saramago em A viagem do elefante, livro engraçado e bem escrito que leio no momento.

terça-feira, 7 de julho de 2009

um ser brilhante

Diante das notícias tristes do dia-a-dia, desanimamos e perdemos fé na humanidade.

... eis que de repente me deparo com um breve texto do ilustre Saramago, em que compartilha essa mesma angústia.

Mas, com o brilhante dom da escrita, escreve de forma tão maravilhosa que inspira a seguir adiante na difícil tentativa de mudar o mundo...

Bravo, Saramago! Transcrevo o texto que acabo de ler no blog pessoal do escritor, acessem!

Do sujeito sobre si mesmo Julho 7, 2009 by José Saramago

Como escritor, creio não me ter separado jamais da minha consciência de cidadão. Considero que aonde vai um, deverá ir o outro. Não recordo ter escrito uma só palavra que estivesse em contradição com as convicções políticas que defendo, mas isso não significa que tenha posto alguma vez a literatura ao serviço directo da ideologia que é a minha. Quer dizer, isso sim, que ao escrever procuro, em cada palavra, exprimir a totalidade do homem que sou.

Repito: não separo a condição de escritor da do cidadão, mas não confundo a condição de escritor com a do militante político. É certo que as pessoas me conhecem mais como escritor, mas também há aquelas que, com independência da maior ou menor relevância que reconheçam nas obras que escrevo, pensem que o que digo como cidadão comum lhes interessa e lhes importa. Ainda que seja o escritor, e só ele, quem leva aos ombros a responsabilidade de ser essa voz.

O escritor, se é pessoa do seu tempo, se não ficou ancorado no passado, há-de conhecer os problemas do tempo que lhe calhou viver. E que problemas são esses hoje? Que não estamos num mundo aceitável, bem pelo contrário, vivemos num mundo que está a ir de mal a pior e que humanamente não serve. Atenção, porém: que não se confunda o que reclamo com qualquer tipo de expressão moralizante, com uma literatura que viesse dizer às pessoas como deveriam comportar-se. Estou a falar doutra coisa, da necessidade de conteúdos éticos sem nenhum traço de demagogia. E, condição fundamental, que não se separasse nunca da exigência de um ponto de vista crítico.

Nada como dominar a arte da escrita!