quarta-feira, 10 de outubro de 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Para Um Amor no Recife (Paulinho da Viola)
E não corro
É que andei levando a vida
Quase morto
Quero fechar a ferida
Quero estancar o sangue
E sepultar bem longe
O que restou da camisa
Colorida que cobria minha dor
Meu amor eu não esqueço
Não se esqueça por favor
Que voltarei depressa
Tão logo a noite acabe
Tão logo esse tempo passe
Para beijar você
Essa música é um primor, do poeta e inspirado Paulinho da Viola. Há pouco li a "história" da música, reproduzo aqui.
é uma linda música, que fala de amor e
dificuldade, feito numa época de ditadura e repressão. Essa
música foi dedicada a uma senhora, já falecida, que pediu licença
à minha mãe para me chamar de filho. Ela escrevia inúmeras cartas
para mim, que começavam com "Meu filho,". Quando fui ao
Recife pela primeira vez, em 1968, eu iria ficar apenas uma semana na
cidade. Acabei ficando um mês e dez dias. Eu não conhecia ninguém.
Fiz um show lá, no antigo Teatro Popular do Nordeste. Quando acabou
o trabalho do show, eu quis ficar por lá, e essa senhora me acolheu
em sua casa. Ela se chamava Maria José Aureliana, era conhecida como
Dedé Aureliana. Era uma pessoa muito conhecida na cidade, aposentada
que trabalhou a vida toda como professora. Nós passamos a ter uma
relação quase de mãe e filho mesmo. Aquela época foi um momento
difícil para a minha geração, havia muita perseguição política,
por isso a letra aborda uma outra coisa, que tem o sentido de falar
daqueles tempos difíceis.
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